sábado, 10 de novembro de 2007

Uma história dessas

Ela fechou a porta a porta do elevador e apertou o térreo.
Não sabia o que estava sentindo. Esses primeiros minutos que se passavam depois que ela se despedia dele sempre eram os mais confusos.
Ela me contou, depois, que muitas vezes era nessa hora em que ela se sentia mais sozinha e não conseguia evitar o choro, pois sabia que ele não a pertencia.
Dirigiu até em casa, não acendeu as luzes quando entrou, trocou de roupa mas não foi para o banho. Ainda tinha o cheiro dele nas mãos, no corpo, no suor e dormir assim era prolongar a sensação de estar com ele.
Não precisava nem fechar os olhos para lembrar aqueles grandes olhos famintos do corpo, do gosto dela, das mãos que a empurravam, e a puxavam num duelo de vontades, das palavras sussurrando pedidos, ordens, desejos, posses, liberdades.
Ela me disse assim, desse jeito mesmo. E disse ainda que nesse momento eles se pertencem. Eu perguntei se isso era suficiente. Ela respondeu que não. Insisti. Mas então por que você não põe um fim nessa história? Por que você ainda insiste? E ela respondeu que havia descoberto que ele era o único com quem ela realmente se sentia mulher.

17 comentários:

Anônimo disse...

Essas histórias são foda mesmo...

Anônimo disse...

Concordo com o Murdock...

abs do nil

a calma alma má disse...

=> Murdock, Nil: concordo em gênero, número e grau.

Clarice disse...

sem palavras ...

Pennelope disse...

Que isso!!?

Tudo ou nada ... disse...

Nossa ... isso ñ é coisa para ler logo pela manhã, dá um calor danado rs.
bjos

André Moinhos disse...

Eita! Isso tem um nome. Química! rs
E isso minha cara... é foda! rs

Beijos

Anônimo disse...

É tenho que concordar com o Murdok.

Beijos

a calma alma má disse...

=> Clarice: quem me dera achar as palavras..

=> Iara: isso é vida real.

=> Lu: quer que assopre pra refrescar?

=> André: é isso tudo aí mesmo que vc escreveu.

=> Paola: melhor definição a dele.

Antonio Ximenes disse...

Nessas horas é melhor não aprofundar no comentário... o Sr. Murdock definiu de maneira perfeita.

Parabéns pelo texto.

P.S.: Obrigado pela visita.
Já te linkei.

Abração

Anônimo disse...

Que bom que fui breve e resumi bem o pensamento de todos!

Renata disse...

Todo mundo padece disso?

Anônimo disse...

Coisas da carne. Ela e voce já sabe, mas vou repeti-vos:

- A carne é fraca!

Anônimo disse...

Muito franca?
Madonna Ciconne tenha piedade desta alma.

Ja me senti assim, gata! Fui a outra uma época aí... Coisa da juventude! E a pior hora é a da despedida. Vc sente q não é dele e ele não é seu.

Mas tava apaixonada né? Nada digno...

Madonna me curou! Aleluia!

Leticia disse...

Murdock já disse tudo, apresente o ser á Madonna que Lady diz que cura!...kkkk
Tem histórias que soam erradas pra nós mas o importante mesmo é o siginificado delas pra quem as vive.Nós estamos aqui só se metendo...

a calma alma má disse...

=> Antonio: Murdock foi suscinto e certeiro, não é? tô te linkando também.

=> Caleydoscope: acho que todo mundo que traz um coração no peito..

=> Jesus: carne? corpo.. mente e espírito.

=> Lady: opa, passa a oração de Santa Madonna Ciconne pra mandar rezar a novena.

=> Leticia: vamos colocar a Madonna na roda! hehehe

Anônimo disse...

O único que ela conheceu! Procurou muito ou deixou de procurar quando encontrou ele?

É melhor esse tortinho que acerta, do que um certinho que é torto, não é?