quarta-feira, 29 de outubro de 2008

História

E de cada um que passar levarei um pouco comigo.
Desisto de tentar apagar as marcas que me deixaram.
Confesso que tentei e por muito tempo me pareceu que era a única forma de sobreviver a tantos sobressaltos.
Acreditei que para esquecer um amor, devia substituir por outro.
Mas percebi que eu sou essa que não esquece os amores.
Eles passeiam nas minhas lembranças como fantasmas acenando suas promessas e aparecem em meus sonhos como vívidos personagens do meu cotidiano.
Hoje eu os acolho. Não passo mais horas do meu dia em conjecturas inúteis e formulando perguntas sem respostas. Eu sou essa que vira as páginas, mas que dobra as pontas.

2 comentários:

Iara Alencar disse...

Pelo menos voce dobra as páginas, isso é sinal de vida, é sinal que ainda sente.

Ƭ. disse...

Alma,

as marcas, nas pontas...
para reler qdo necessário, como sair e deixar a porta aberta?

Teresa