Tem algumas coisas na vida que fazemos por puro prazer. Muitas vezes começam pelos motivos mais diversos e quando vemos o objetivo inicial se perdeu, ou foi atingido, e continuamos lá, simplesmente porque é bom.
A minha relação com a dança é mais ou menos assim.
Quando comecei, há quase seis anos, queria fazer alguma atividade física que não fosse ficar em academias cheias de gostosas malhadas e musculosos babacas. Não agüentava mais isso. A dança do ventre me pareceu a opção certa. Não exigia nenhum tipo de habilidade anterior, ou seja, eu não precisava ter currículo de dança para começar, era atividade física, podia ajudar com a dieta e quem sabe me ajudava a perder um pouco da timidez...
Foi assim que me apaixonei pela dança.
Hoje, tanto tempo depois, minha vida mudou muito. Mudei de emprego algumas vezes, de estado civil, de casa, já fui loira, morena, perdi de fato um pouco da timidez.
Já dancei no palco, na rua, em restaurante, sozinha, em grupo, no fundo, na frente. Não sou talentosa, não tenho “o dom pra coisa”. Mas sou apaixonada.. e seria mais esforçada se tivesse mais tempo. Vivo um eterno dilema com a dança, porque ela expõe. Expõe o corpo, a alma.
Nos meus primeiros anos, eu não era capaz de me olhar no espelho.. Hoje já posso me observar, com cautela e com autocrítica cruel na maioria das vezes. Ainda tenho dificuldade de assumir a frente do palco... Recuo sempre que posso para um local mais seguro.
A vida imita a arte?
Em 10 dias faremos mais um espetáculo. Vamos para o palco de um grande teatro mostrar a Essência da Dança. São horas e horas de ensaio todas as noites, sábados, domingos e os últimos feriados de novembro. Minha vida tem sido conciliar trabalho com ensaio. Não tem sobrado tempo pra mais nada. Minhas companheiras de palco, a grande maioria todas jovens e muitas já profissionais da dança... com aquela facilidade e frescor que a mocidade tem.
Sim, estou insegura...
Semana passada peguei os ingressos que reservei para amigos e família.
Fui entregar e descobri que ninguém pode ir: essa época do ano é difícil, o ingresso está caro...
Sei que faço a dança porque amo. Por mim e por mais ninguém e é assim que deve ser.. Fiquei braba. E triste. Eu não obrigo ninguém a ir. As pessoas falam que querem ir, que eu tenho que avisar... mas é mentira.
Me senti muito sozinha.
Sem amigos. Sem família.
Minha mãe já foi nos outros anos, não quer ir de novo, minha irmã está triste porque não está dançando, meu irmão sempre achou chato ver a mulherada dançar...
Meu pai, bom, meu pai acho que vai. Lá do céu. Vou pedir pra ele me dar uma força e assistir o que eu conquistei.
A minha relação com a dança é mais ou menos assim.
Quando comecei, há quase seis anos, queria fazer alguma atividade física que não fosse ficar em academias cheias de gostosas malhadas e musculosos babacas. Não agüentava mais isso. A dança do ventre me pareceu a opção certa. Não exigia nenhum tipo de habilidade anterior, ou seja, eu não precisava ter currículo de dança para começar, era atividade física, podia ajudar com a dieta e quem sabe me ajudava a perder um pouco da timidez...
Foi assim que me apaixonei pela dança.
Hoje, tanto tempo depois, minha vida mudou muito. Mudei de emprego algumas vezes, de estado civil, de casa, já fui loira, morena, perdi de fato um pouco da timidez.
Já dancei no palco, na rua, em restaurante, sozinha, em grupo, no fundo, na frente. Não sou talentosa, não tenho “o dom pra coisa”. Mas sou apaixonada.. e seria mais esforçada se tivesse mais tempo. Vivo um eterno dilema com a dança, porque ela expõe. Expõe o corpo, a alma.
Nos meus primeiros anos, eu não era capaz de me olhar no espelho.. Hoje já posso me observar, com cautela e com autocrítica cruel na maioria das vezes. Ainda tenho dificuldade de assumir a frente do palco... Recuo sempre que posso para um local mais seguro.
A vida imita a arte?
Em 10 dias faremos mais um espetáculo. Vamos para o palco de um grande teatro mostrar a Essência da Dança. São horas e horas de ensaio todas as noites, sábados, domingos e os últimos feriados de novembro. Minha vida tem sido conciliar trabalho com ensaio. Não tem sobrado tempo pra mais nada. Minhas companheiras de palco, a grande maioria todas jovens e muitas já profissionais da dança... com aquela facilidade e frescor que a mocidade tem.
Sim, estou insegura...
Semana passada peguei os ingressos que reservei para amigos e família.
Fui entregar e descobri que ninguém pode ir: essa época do ano é difícil, o ingresso está caro...
Sei que faço a dança porque amo. Por mim e por mais ninguém e é assim que deve ser.. Fiquei braba. E triste. Eu não obrigo ninguém a ir. As pessoas falam que querem ir, que eu tenho que avisar... mas é mentira.
Me senti muito sozinha.
Sem amigos. Sem família.
Minha mãe já foi nos outros anos, não quer ir de novo, minha irmã está triste porque não está dançando, meu irmão sempre achou chato ver a mulherada dançar...
Meu pai, bom, meu pai acho que vai. Lá do céu. Vou pedir pra ele me dar uma força e assistir o que eu conquistei.
18 comentários:
Acho que já não vou a tempo de começar um desafio desses...mas admiro quem o faz,não só pela beleza da dança mas tbm pelo élan que proporciona a quem vê.Parabéns .
Tens uma prenda lá nas teclas,se quiseres aceitar:))
Adoro dança. Acho que é a maneira mais expressiva de dizer que vc se ama. Sou apaixonado por sapateado, mas acho a dança do ventre mais envolvente.
Parabéns pela escolha
bjos
ps: quem dera se estivesse mais perto de vc para poder me candidatar a ver o espetaculo
Quase passei por algo assim recentemente. A gente faz as coisas por nós mesmos mas é chato se ver sozinho em momentos importantes, não ter quem nos aplauda ou torça pela gente num momento especial...
Alma.
Um grande amigo vive me dizendo que me preocupo muito no que os outros estão pensando sobre mim... ou no que vão achar se eu tomar essa ou aquela decisão ou atitude.
Isso é muito ruim.
A vida é sua.
Faça com ela algo que te dê prazer.
A dança do ventre é muito legal.
Não existe nada mais sensual do que uma mulher dançando essa "arma de seduzir"... é fenomenal.
Eu acho que na encarnação passada... eu fui árabe... turco... egipcio... libanês... sei lá... só sei que gosto muito de ver essas moças... (com todo respeito)... que como você... praticam essa dança.
Não posso falar mais... senão apanho da mulher... rs.
Não desanime e continue dançando.
Abração pra tu.
=> Tecla: sempre é tempo.. comecei "depois de grande" e não me arrependi.
=> Lu: aaah, ia adorar ter vc na minha platéia. Você bem que podia vir me visitar um dia né?
=> Murdock: exatamente esse sentimento. A cortina fecha, as luzes apagam e a gente vai pra casa sozinha.
=> Antônio: eu me preocupo muito com a opinião alheia, insegurança pura. Estar sozinha no dia será apenas um pouco mais difícil. Vou encarar assim... Obrigada pela força.
Quem sabe um dia eu vou ... mas primeiro preciso saber para onde? rsrs
bjão
Alminha já imaginava essa paixão tua , as peças se encaixam.
Vc se chatear pq seus queridos não demonstram o mesmo interesse que vc por algo que vc ama é normal, só não deixe isso te desanimar a ponto de abandonar uma coisa sempre tão importante pra vc.
Agarre-se com unhas e dentes á vc , ao que vc ama.
uma mulher nunca deveria abandonar sua dança, é o q a liga, d forma mais profunda, à expressão do seu feminino. circula energias, edifica pontes, aponta caminhos, enfim, nos torna todas melhores pq somos nós mesmas aprendendo a lidar com a deusa, e existe mesmo uma deusa, d dentro.
bjs,
myla
=> Lu, venha mesmo.
=> Lê: vou continuar fiel a essa paixão. Acho que às vezes a gente só quer compartilhar uma coisa importante com quem faz parte da nossa vida e não encontrar receptividade e decepcionante...
=> Myla: acho que sentir insegurança e medo em relação à paixão faz parte do aprendizado... Mas que falou que viver era fácil???
A dança, o ritmo, a harmonia... Poucas coisas são tão belas!
Manda pra mim que eu vou com certeza =)
Sou ex-bailarina, e cada vez que vejo uma apresentação de dança, me dá uma sensação louca.... é uma mistura de paixão com dor... paixão por entender o quanto eu amava me expressar dançando e o quanto as pessoas gostavam de me ver dançando... dor por não fazer mais parte disso tudo...
Enfim... Boa sorte na apresentação... E você não está sozinha, você tem a mais linda manifestação de arte e amor com você, coisa que eu não tenho mais!
Passa no meu blog depois:
www.priscilafreitas.globolog.com.br
bjs
Alma.
Como foi o Show de dança !??!!
Volte logo e conte pra gente.
Abração.
=> Bill: parece que temos um conhecedor!!!
=> Priscila: puxa, entendo como deve ser difícil não dançar mais.. espero que você possa voltar um dia. Eu tenho enfrentado muitas dificuldades mas não consigo deixar, amo demais tudo isso.
=> Antonio: será dia 19, eu conto, eu conto.
Que bom que você dança!
Tomara que na apresentação voces tenham surpresas!!!
Adão Braga
Agradeço sua visita, gentil dançarina! Vou te linkar e colocar na minha lista de mails, tá bom? Qualquer coisa, é só gritar!
Grande bjoooooooooooooo!!!!!!!
Admiro quem sabe dançar.
Minha mãe dança pra caramba, eu não puxei pra ela... snif snif...
Abraços,
Pedro
Passei para desejar-lhe um bom final de 2007 e um bom ano de 2008.
Aproveito para LHE pedir que participe na blogagem colectiva que se realiza amanh� dia 17, em prol da menina Fl�via
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