quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mau-humor

Não costumo ser mau-humorada. Mas hoje acordei chatinha. Sei que o mundo está cheio de problemas mais importantes que meu umbigo e que as pessoas tem motivos muito mais relevantes pra reclamar do que eu.
Mas vamos combinar que de vez em quando até o papa deve ter mau-humor.
Vou tentar não bater em ninguém hoje, incluindo eu mesma e o meu querido assistente que sempre dá um jeito de me lembrar que eu preciso urgentemente de dieta.
Vou tentar não matar meus exercícios no pilates (e nem o meu professor) mesmo tendo descoberto que pessoas com cortisol elevado não conseguem ganhar músculos (e provavelmente passei os últimos quatro meses madrugando por nada).
Vou tentar não falar umas verdades sobre barulho para meus vizinhos sem noção que resolveram sentir-se incomodados com os moradores do primeiro andar (o que me inclui) que não estão fechando a porta da escada do térreo com a delicadeza que a porta (de ferro, de incêndio) merece.
Vou tentar não me jogar da minha própria janela depois de ouvir o porteiro dizer que as paredes do meu prédio são muito finas porque ‘era pra ser um conjunto da Cohab’ mas que maquiaram para poder vender mais caro.
Vou tentar não surtar agora que me dei conta que um menino que mal saiu das fraldas me deixou insegura como uma adolescente tentando chamar a atenção.
Vou tentar simplesmente chegar em casa hoje no fim do dia acreditando totalmente que amanhã vou recuperar meu bom-humor, meu bom senso e que nada disso vai me incomodar mais.

2 comentários:

Tudo ou nada ... disse...

Nem falo nada sobre mau-humor, mesmo pq eu corro dele rsrs ... mas tem dias que eu deixo ele me pegar de jeito, acho bom, mas logo ponho para correr.
Bjos

Antonio Ximenes disse...

Temos o direito de ficar com mal humor.

Aquele mal humor sem explicação... sem sentido... que simplesmente nasce como uma olheira pela manhã.

A tempestade por pior que seja... serve de comparação para a tal "bonança".

Abraço do Pitoresco.