domingo, 16 de agosto de 2009

Tão perto..


Está tão perto de mim que eu sinto que quase posso tocar
Veio de onde eu não esperava
E vai embora mais cedo que eu pensava.
Não vou viver, não vou tocar, nem serei capaz de encostar.
Antes que eu seja capaz de sentir, antes que eu seja capaz de me render, antes que eu..

E só por que existe esse antes é que aconteceu?
E só por que antes de acontecer o depois já estava dito?
E eu que esperava tanto, que estava tão pronta...

É tão fácil prostar-se e dizer para o universo: estou pronta novamente para um grande amor.
Talvez de fato não seja assim, talvez não exista o momento em que a gente realmente saiba que esta pronta e que não se saiba se o que vira será ‘o grande’.
Não sei se o que virá será grande, não sei se a porcaria do universo vai um dia me fazer viver alguma coisa decente.
Mas de fato, eu sinto que estou assim, tão, mas tão perto de voltar a viver, de voltar a sentir.. que não consigo aceitar que tenha vindo desse jeito, com uma despedida pronta, com um prazo de validade, com todos os freios de mão puxados.
Inusitado, inconseqüente, irregular.
É como se eu tivesse o sentimento na minha frente, e se eu esticasse minha mão eu realmente encostaria nele. E talvez pudesse voltar a sentir.
Mas de algum jeito não posso. Não consigo. Não devo.

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