Não sei quando exatamente que parei de sentir.
Essas coisas não acontecem assim com data marcada.
Deveriam, se a vida fosse mais simples.
Mas não são. Em algum momento desses anos (anos?) perdi a condição de amar. Lendo essa frase parece algo bem ridículo. Folhetim mesmo. Quase dá uma vontade de rir.
Queria que fosse assim. Mais fácil seria se tivesse me tornado uma dessas figurinhas com discursinhos comprados em livrarias esperando aplausos e passadas de mão na cabeça dos amiguinhos de plantão.
A boa notícia, dizem por aí, é que finalmente eu percebi e admito isso.
A má notícia é “e agora José???? que é que eu faço com essa porra?”
Dizem que reconhecer é o primeiro passo para consertar. Algo como diagnosticar a doença pra poder medicar.
Então, aí, com todas as letras: não consigo amar. Apesar de todas as belas palavras e as horas sem sono, apesar das pequenas aventuras e dos desejos contidos a verdade nua e crua é essa. Não vou. Fico. Quero. Ou não. Coisa complicada. Muito iceberg debaixo dessa ponta.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
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3 comentários:
Eu discordo de sua incapacidade de amar. Discordo do diagnóstico. Não use o remédio!
Eu ainda acho que amar não é para todos. Nem todo mundo nasceu para ter alguém e tenho tentado me acostumar que sou um dos que nasceu para viver sozinho.
eu discordo tb
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