Bruna não se importava com ele.
Ele estava casado agora.
Mas pra ela não fazia diferença.
Aliás, ela até preferia assim.
Eles tinham ficado juntos poucas vezes. Sempre por
iniciativa dela.
Ele foi uma conquista. A primeira. Um pequeno troféu que ela
levou pra casa.
No começo até havia um certo interesse. Mas ele era tão
centrado em si mesmo que ela se cansou.
Teve preguiça.
Serviu para duas ou três vezes. Ela gostou de ser a caçadora.
De mandar nele.
Mas quando ele veio com aquela conversa do seu casamento,
ela não se zangou. Viu o jeito de sair por cima. Não que ela se importasse.
Ele implorou que ela não fosse embora. Pediu em desespero
que ela suportasse aquela situação.
Bruna não podia. Nem queria.
Hoje ela ri dele. Dos emails e mensagens de súplica. Ele diz
que sente falta dela. Ela diz que sente falta dele. Que quer ele só pra ela. Que arde de
saudades. Que tem passado noites insones sofrendo de desejo e de lembranças.
Bruna não tem insônia.
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