segunda-feira, 20 de agosto de 2012

(I)lógica!


Coisa mais irritante essa lógica masculina.
Tô cansada de ouvir que homem que come um monte de mulher é garanhão e mulher que dá pra vários homens é vadia.
A discrepância começa no próprio português... Pra começar o homem “come” e a mulher ‘dá’.  Que coisa mais preconceituosa. Vamos combinar que hoje não tem mais nada disso: cada um que se relacione com quem quiser e do jeito que bem entende.
Eu não sou a maior defensora da nova postura feminina, essa de ir à luta pra valer e não ficar esperando uma atitude masculina. Mas entendo.
Entendo que hoje em dia fica todo mundo valorizando quem tem atitude e vai atrás do que quer. Quando isso se aplica para a vida profissional, ninguém quer saber de gente acomodada, que não tem iniciativa. Só que quando vai pro contexto da balada, aí não pode... Aí o homem quer a “mulherzinha pra casar”, a princesa de boa índole, conservadora, reservada e que ele fantasia que vai esperá-lo chegar de cavalo branco para resgatá-la da solidão na torre...
Pô pessoal, não dá pra ter dois pesos e duas medidas. Ainda mais num mundo competitivo como o de hoje, onde cada um tem que defender seu lugar senão o vizinho passa a perna.
Recebi um email hoje que dizia que é difícil pro homem ser o pegador porque tem que ser lindo, malhado e mais umas bobagens; e no caso feminino é só a fulana se abrir e qualquer baranga malcheirosa dava conta de fazer isso.
É óbvio que quem me mandou isso foi um homem e que via nisso a melhor explicação dos valores comportamentais contemporâneos.  
O autor da frase só não considerou o fato de que boa parte dos homens sente-se na obrigação de comparecer... A moça dá um sorriso simpático e o cara já acha que ela tá dando mole. Não há seleção, há apenas a cultura da quantidade.  E o pior ainda é que os ‘coitadinhos’ são respaldados pela crença da macho reprodutor; a continuação da espécie; o máximo de sementes espalhadas pelo mundo.
Acho um absurdo quando escuto um cara comprometido falar que ama muito a sua companheira mas não consegue ficar sem as filiais e que isso é biológico.
Eu não queimei sutiã nenhum, não pedi igualdade nenhuma, nem quero e nem gosto. Acho que homens e mulheres são diferentes e deveriam respeitar suas diferenças. Mas pergunta pra um homem se ele acha que tem que sustentar a casa pra ver se ele não devolve com a história do sutiã.
Então hoje tá muito boa essa história de direitos iguais pra trabalhar, pagar as contas e assumir responsabilidades? Então direitos iguais em tudo, inclusive na quantidade e qualidade das relações. E sem preconceito sexista. 

2 comentários:

Adao Braga disse...

Com tendências a piorar. Sobre a frase: "pergunta pra um homem se ele acha que tem que sustentar a casa pra ver se ele não devolve com a história do sutiã."

Não somos todos iguais aos que você conhece!

a calma alma má disse...

Jura mesmo Adão? Promete? Porque tá muito difícil de acreditar...