quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Objetividade

Eu não quero ser objetiva. Quero viver os meus dias com muitas palavras nas pontas dos dedos. Quero ter frases intermináveis e idéias a teminar. Quero sempre ter pontos de vista, quero ter argumentos, quero ser desafiada a mudá-los. E  não quero pontos finais, quero vírgulas, quero reticências, quero ir e voltar sobre assuntos.
Quero deixar a objetividade para os engenheiros, médicos e matemáticos. Quero usar minha falta de objetividade para discorrer sobre um assunto, para analisar todas as nuances de uma cor, todas as melodias de uma música, todas as faces de um sentimento (quem me dera!).
Ontem eu amava, hoje eu não amo mais. Isso é objetivo pra você? Não existe um "como assim?" no meio de tudo isso, não existem muitas perguntas e milhares de respostas possíveis?
Antes eu gostava de frio, agora gosto de praia. Pronto? Simples assim? Nada a declarar? Só uma sentença objetiva sem porquês?
Não sei o resto do mundo, mas eu preciso entender. Eu preciso entender muita coisa e pra isso eu sou um poço de perguntas.
Não sou objetiva e se é isso que o mundo quer de mim, I'm so sorry: eu sou essa confusão, essa pessoa cheia de idéias e palavras e análises e argumentos e pontos de vista.

2 comentários:

João Romova disse...

Às vezes tudo o que se quer é a falta de muros, correr sem rotas. Ou não, ficar sentado ou deitado também pode ser liberdade.

Alma má... bom te encontrar

Clarice disse...

alminha do meu coração, só você mesmo para me aturar nas minhas estranhezas(risos!). Acho que os semelhantes sempre se reconhecem.
beijos