terça-feira, 15 de setembro de 2009

Palavras


São apenas palavras, que eu não disse. Como sempre, guardei-as pra mim. Estou repleta delas, cheia, transbordando.
Tenho que admitir que talvez não estejam em ordem e que não façam tanto sentido quanto deveriam.
Não fui capaz de te oferecer um pouco delas sequer. Até senti vontade, mas as mantive dentro de mim como se fossem gastar, se você as ouvisse.
Agora estão aqui, ecoando em meus ouvidos, afogando-me e revirando-se em meu estômago.
Dentro de mim são tão menos nocivas, tão domáveis, como se eu as tivesse engolido e assim as escondido do mundo, dos julgamentos e conseqüências.
São filhas, adolescendo em mim. Preciso te dá-las, mas não como um presente, algo que escolhi especialmente para você.
Elas são suas, te pertencem. Ficar com elas seria roubar de você o que é seu por direito.
Estou só me preparando para quando deixar de guardar as palavras e colocá-las no papel endereçado a você. Peço que as receba com carinho. E que se puder, agradeça, retribua, até.
Ainda que seja eu que precise te agradecer por ter me preenchido assim.

2 comentários:

Clarice disse...

Sabe aquela história de que um caminho de mil quilometros se começa com os primeiros cem metros, então, é isso, adorei os cem primeiros metros, manda ver no resto, vai ser bom! Atravessemos!

Simplicidade disse...

Entrei sem pedir licença, quero apenas um lugar para ficar olhando e aprendendo! Adorei o seu blog. Vibe total positiva!
Beijos! Sucesso sempre...