Sei que não é nada seu estilo gostar de ler textos existencialistas recheados de toques sentimentais mas sinceramente não consegui encontrar outro jeito de organizar isso.
No início desse ano uma grande amiga minha me disse que existem amizades pelas quais vale a pena a gente lutar e confesso que o contexto em que ouvi isso não foi ao meu favor porém valeu, além do puxão de orelha, para refletir sobre a forma que tenho tratado esse assunto na minha vida.
Cada indivíduo tem seus limites e formas diferentes de demonstrá-los e, ainda, de lidar e aceitar os limites alheios. Essa linha limítrofe é delicada e nem sempre visível. Pessoas precisam de espaço, e damos espaço e liberdades diferentes para cada pessoa em nossas vidas.
Acho que quando ultrapassamos os limites precisamos de um cartão vermelho, de uma advertência. Entendo que é necessário colocar cada um no seu lugar.
Peço um espaço para uma pequena defesa, não entenda como justificativa e aproveito a analogia para isso.
Quando eu saía de casa minha mãe dizia: pegou um casaco? Vai passar frio. Ou então: está levando sombrinha? É uma coisa tão automática que até hoje que não moro mais com ela, às vezes ouço isso.
Quando minha mãe está fazendo alguma coisa e não estou junto, ela lembra de mim. Às vezes me liga e outras apenas pensa o que eu acharia se estivesse lá com ela. E, ainda, fica louca pra me contar e quando me vê me conta com o maior entusiasmo (às vezes são coisas tão bobinhas... mas ela fica tão animada que eu acabo ficando também).
Sabe o que é isso? É um querer bem, simplesmente por querer. Sem competição, sem interesse.
Mas as vezes ela invade um pouco meu espaço, porque tem vontade de fazer parte da minha vida, de ter certeza que eu lembrei de pegar o casaco ou a sombrinha. É normal.
Tenho certeza que você entendeu a analogia.
Sei que não sou especialista em moda para que você me consulte quando tem dúvidas..
Sei que não sou carismática e divertida para que você queria compartilharmos as malícias do dia-a-dia..
Sei que não trabalhamos na mesma empresa para dividirmos trabalho..
Sei que não sou sua cara metade..
Sei que não sou sua família..
Sei que não sou da sua turma..
Sei que não sou do seu tempo...
Sei de tudo isso.
Mas sei também que está me fazendo uma super falta sua companhia e sua cumplicidade.
Estou ocupando o meu lugar à distância, porque entendi o tamanho do seu espaço e não vou invadi-lo.
No entanto, lembro-me de um dia que você me disse ter ficado orgulhoso da minha atitude quando resolvi acertar os ponteiros com pessoas bem menos importantes pra mim.
Resolvi vencer o medo e tentar fazer o mesmo com você...
No início desse ano uma grande amiga minha me disse que existem amizades pelas quais vale a pena a gente lutar e confesso que o contexto em que ouvi isso não foi ao meu favor porém valeu, além do puxão de orelha, para refletir sobre a forma que tenho tratado esse assunto na minha vida.
Cada indivíduo tem seus limites e formas diferentes de demonstrá-los e, ainda, de lidar e aceitar os limites alheios. Essa linha limítrofe é delicada e nem sempre visível. Pessoas precisam de espaço, e damos espaço e liberdades diferentes para cada pessoa em nossas vidas.
Acho que quando ultrapassamos os limites precisamos de um cartão vermelho, de uma advertência. Entendo que é necessário colocar cada um no seu lugar.
Peço um espaço para uma pequena defesa, não entenda como justificativa e aproveito a analogia para isso.
Quando eu saía de casa minha mãe dizia: pegou um casaco? Vai passar frio. Ou então: está levando sombrinha? É uma coisa tão automática que até hoje que não moro mais com ela, às vezes ouço isso.
Quando minha mãe está fazendo alguma coisa e não estou junto, ela lembra de mim. Às vezes me liga e outras apenas pensa o que eu acharia se estivesse lá com ela. E, ainda, fica louca pra me contar e quando me vê me conta com o maior entusiasmo (às vezes são coisas tão bobinhas... mas ela fica tão animada que eu acabo ficando também).
Sabe o que é isso? É um querer bem, simplesmente por querer. Sem competição, sem interesse.
Mas as vezes ela invade um pouco meu espaço, porque tem vontade de fazer parte da minha vida, de ter certeza que eu lembrei de pegar o casaco ou a sombrinha. É normal.
Tenho certeza que você entendeu a analogia.
Sei que não sou especialista em moda para que você me consulte quando tem dúvidas..
Sei que não sou carismática e divertida para que você queria compartilharmos as malícias do dia-a-dia..
Sei que não trabalhamos na mesma empresa para dividirmos trabalho..
Sei que não sou sua cara metade..
Sei que não sou sua família..
Sei que não sou da sua turma..
Sei que não sou do seu tempo...
Sei de tudo isso.
Mas sei também que está me fazendo uma super falta sua companhia e sua cumplicidade.
Estou ocupando o meu lugar à distância, porque entendi o tamanho do seu espaço e não vou invadi-lo.
No entanto, lembro-me de um dia que você me disse ter ficado orgulhoso da minha atitude quando resolvi acertar os ponteiros com pessoas bem menos importantes pra mim.
Resolvi vencer o medo e tentar fazer o mesmo com você...
3 comentários:
olá.
achei interessante o tema e não resisti, então resolvi comentar, hehehe.
bem, acho que sempre é importante mantermos os ponteiros certinhos, para que não fique nada no passado que seja capaz de complicar o futuro.
sorte e luz.
Alma.
Aprender os limites das pessoas é tão difícil quanto aprender os nossos.
Saber conceder uma certa distância as pessoas que amamos é sempre um desafio.
O seu texto alimentou um pouco a minha própria "alma"... pois já passei por coisas na vida... que me fizerm aprender a mesma lição.
Abração forte pra ti.
Conservar os amigos é importante, afinal, uma velhice sem familia é triste, sem amigos é terrificante.
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